The flavor of life, good music and a dash of drama!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Eu queria poder...
Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entreaberta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com admiração aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda não era. E então aconteceu: do fundo de meu coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. Se o jardineiro estivesse por ali, pediria a rosa, mesmo sabendo que ele nos expulsaria como se expulsam moleques. Não havia jardineiro à vista, ninguém. E as janelas, por causa do sol, estavam de venezianas fechadas. Era uma rua onde não passavam bondes e raro era o carro que aparecia. No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta tonteira de perfume.
Me encontre de novo depois do anoitecer e eu te abraçarei Eu não quero nada mais do que te ver ali E talvez esta noite, nós voaremos pra tão longe Estaremos perdidos antes do amanhecer
Se a noite puder te guardar onde eu possa te ver, meu amor Então não me deixe acordar mais E talvez esta noite, nós voaremos pra tão longe Estaremos perdidos antes do amanhecer
De alguma forma eu sei que não podemos mais Acordar desse sonho Não é real, mas é nosso
Talvez esta noite, nós voaremos pra tão longe Estaremos perdidos antes do amanhecer
*_*
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